Amores, Bocage teve muitos. E isso contribuiu para que o poeta ficasse conhecido ao longo da história como namorador e libertino. Em seus poemas surgem os nomes de Marília, Ritália, Márcia, Gertrúria etc. Há quem diga que todas elas são mulheres por quem o poeta enamorou-se.
As duas primeiras, correspondem a Maria Margarida Rita Constâncio Alves, que alguns estudiosos apontam como a maior paixão do poeta. Márcia é um anagrana de Maria Vicencia e Gertrúria é Gertrudes Homem de Noronha, filha do governador da Torre de Outão em Setúbal, por quem o poeta enamorou-se logo cedo. Devido a quantidade de versos dedicados a Gertrúria, tudo leva a crer que tenha sido ela o grande amor do poeta.
Ao seguir para a Índia, Bocage faz um poema expressando os seus sentimentos amororos:
"Ah! Que fazes, Elmano? Ah! Não te ausentes
Dos braços de Gertrúria carinhosa:
Trocas do Tejo a margem deleitosa
Por bárbaro país, bárbaras gentes?
Um tigre te gerou se dó não sentes
Vendo tão consternada e tão saudosa
A tágide mais linda e mais mimosa;
Ah! Que fazes, Elmano? Ah! Não te ausentes
(...)"
Cabe aqui uma pergunta: Se Bocage estava realmente apaixonado por Getrúria por que abandonou o seu amor e seguiu viagem para Goa?
Por receio de seus atos boêmios!
Para seguir o caminho traçado por Camões!
Para tentar carreira militar!
Para conseguir um nome ilustre e ser digno de Gertrudes!
Todas essas são possíveis respostas para essa pergunta, mas nenhuma delas pode ser comprovada com argumentos lógicos.
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